sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Sexta Internação

Na mesma noite, tive umas crises fortissimas, e meu pai me colocou dentro do carro, e voltou comigo para o PS, no caminho ligavam para a Dra. Valdirene, que correu para me recepcionar novamente, ( todos eles passaram o telefone, para se algo acontecesse), no caminho meu pai encontrou um carro de polícia que foi abrindo caminnho até lá, e eu totalmente apagada, acordei toda mijadinha (rs), e novamente no hospital, a Doutora falou comigo e me dispensou imediatamente após mais ampolas de diazepam, voltei e dormi feito um anjo...
Á minha mãe disse que encontrou com o médico MONSTRO, que brigou comigo no pronto-soccoro, aquele médico doido, e disse que falou " Sabe a Graziela doutor que o senhor ia dar alta? então ela teve alta hoje depois de 2 meses", e ele disse " é mãe todos nós da equipe médica do Hospital acompanhamos o caso dela, e fiquei sabendo que não tem jeito mesmo né?" QUE RAIVA, ISSO É COISA QUE SE DIGA ?...
MAS...
Depois de tudo isso fica a certeza de que Deus existe, e que ele nos ama muito, me deu uma nova oportunidade de viver, e agora viver intensamente tudo o que ele quiser, enxergando e sendo feliz com os detalhes da vida...
Dormir na minha CAMAAA, UHUL, isso sim é vida hem.. pura felicidade...
No outro dia corri pra ligar para o professor Leandro, e por mim voltaria no outro dia, mas ele disse que queria me ver só depois de um mês, era visitas o dia todo, todos me olhava e falavam "como está magrinha" rs, (não passo essa receita pra ninguem)... Apesar de ter a crises ainda, nada mais me tirava o sorriso verdadeiro.
Depois de 15 dias resolvi pedir ao professor não aguentava mais minha casa, e ele topou me deixar voltar, comprei roupas e fui, antes mesmo de entrar encontrei a professora Cibele, e comentei que era um momento super complicado pra mim, ver pessoas intubadas seria um baque muito grande, ela disse para eu ser forte, e se algo acontecesse pra alguem ligar pra ela.
O dia foi tranquilo, reconhecimento de campo, e o baque não foi tão forte como esperava, e o pessoal já sabia do meu probleminha, mas comentei que era alérgica a anticonvulsivos, ( e meu único desejo eraser tratada normalmente, por que eu não era mais uma DOENTE, e as vezes fazia cara feia quando alguém perguntava do nada "tá tudo bem?", entendo a preocupação, mas alí eu estava bem, era o meu momento de esquecer, e voltar a ser a Graziela, amiga e enfermeira de sempre), e até então tudo corria super bem, descia no PS me encontrava com a Barbara e ia tomar meu café. Ainda bem que ainda existem pessoas boas nesse mundo a Barbara é um anjo enviado por Deus em minha vida, apesar de as vezes brigar muito, amo essa menina, ela me ajudou muito, antes, durante e depois, acompanhou de pertinho tudo o que eu queria, ou sentia, em momentos assim muitos amigos se afastam, e os meus permaneceram ao meu lado, o que é impressionante, a Bá voltava de viagen da casa do seu ex-namorado, e passava direto no hospital chorando de saldades dele, e eu tentando conforta-la (rs), as vezes a gente resolvia os assuntos do TCC lá na internação mesmo, e agora que estava retomando lá estava ela de novo á frente de tudo para me ajudar a retomar.
Graças a Deus no primeiro dia correu tudo bem, liguei para o professor e contei á ele, e deixei avisado que no outro dia iria á tarde, por que teria consulta na parte da manhã com o neuro, e ficou tudo combinado.
No outro dia logo cedo estava eu no hospital de volta, fiz minha consulta, pegamos receitas, e voltamos, almocei BEM, e fui para o estágio...
O dia corria bem, cheguei e avisei para uma menina que havia um papel em meu bolso explicando tudo o que eu tinha, afinal era uma turma diferente, turminha da tarde super especial. Passamos o dia bem, fizemos visitas e  no final da tarde na hora de finalizar e passar para o sistema todo o serviço realizado durante o dia, entrei em crise, e o pior de tudo isso é que foi dentro de uma UTI, imediatamente arrumaram uma maca e o médico saiu correndo para socorrer, e quando ele pediu medicação a mulher Graças a Deus lembrou que eu havia mostrado o papel, e entregou ao médico, ligaram para a faculdade, e entraram em contato com minha mãe, o médico deu 3 diazepam e 2 Aldol, acordei só quando minha mãe chegou ( e ela disse que ele estava com tudo arrumado para intubar, mas ela não deixou, e explicou o caso), desci capengando para fazer uma tomografia, e tive alta. Alta do meu estágio (estranho), hehe!
Só Deus mesmo, o professor e a faculdade toda ficou sabendo o que até então só alguns professores sabiam, o professor Leandro entrou em contato conosco, e explicamos a situação, que tinha fugido do nosso controle, e que no momento estava difícil para eu voltar, o Aldol me deu uma terrivel reação, onde tinha crises acordada, confesso preferir dormir nas crises, é uma sensação horrivel ( ver o braço e a boca entortando sem poder fazer nada) é mais complicado que imaginávamos.
Nesse meio tempo iniciei com a psicóloga Rita, toda linda. Me deu muito apoio depois de tantos traumas, e as coisas iam se ajeitando a cada processo difícil. Por que o importante mesmo é estar em casa!
Depois de uma semana avisei ao professor que estava tudo bem e que já estava pronta para encarar tudo de novo, e ele então pediu para eu me afastar do estágio, pelos riscos que eu e os pacientes corriam, e para eu comparecer nas aulas de sexta-feira do professor Gilberto, e na sexta estava eu lá...
Minha mãe me levou e ficou cumprindo umas de suas promessas no andar da internação, e aproveitou e pegou um exame de urina meu, que havia dado super alterado, no intervalo passei lá, encontrei com ela, e subi até o 5° andar revi todo o pessual, estava com saudades (das pessoas),conversei com a nutricionista e já fui perguntando o que havia de comida para mim kkk, ela disse que era melhor eu comer em casa, por que era peixe haha... As freiras impressionadas em me ver andando, falando tudo normal...
Encontramos a Dra.Daniela  uma das médicas do plantão, chegando lá mostramos o exame, e ela pediu então para eu descer no pronto-socorro para mostrar, por que a bactéria estava super potente, e poderia internar, descemos e fizemos a ficha, demos uma volta pelo hospital (para eu não ficar ansiosa e passar mal), e então chegamos e o médico estava nos chamando,e ai ele perguntou "vc estava na uti á um mês atraz né?" e eu disse que "sim", mostramos o exame, e ele imediatamente disse que internaria, e no momento tive mais tres convulsões, minha mãe disse que ele ficou branco e sem reação, paralisado, me colocou na maca, e saiu da sala ( axo que de medo) kkkk. Acordei e minha amiga Talita já estava lá comigo e com minha mãe, esperei umas 3 hrs e subi para a internação, foi uma farra quando todos virão, e perguntava "mas Grazi você não veio apenas para visitar?" ai eu dizia " fiquei pra ver a turma do plantão da noite" kkk, quando cheguei na porta do quarto, vi uma plaquinha de isolamento, não entendemos, e entramos para ver se estava sujo, e vimos que estava limpinho, voltamos e perguntamos para a enfermeira se tinham esquecido de tirar a placa, ela leu e falou que era isolamento mesmo que eu estava. Todos que entravam me abraçavam, beijavam, e nem ligava para a plaquinha na porta kkk, iniciei com um antibiótico super forte, mas foi uma internação tranquila sem dores, e muitas crises...
Minha amiga Talita levou uma fantasia da chiquinha para eu ver por que ela ia em uma festa, e aproveitamos para brincar um pouco, me vestiram e ficamos tirando fotos e mais fotos brincando...uma bagunça.
Teria que ficar 14 dias internada para receber a medicação, mas o hospital me deixava nervosa, assustada ansiosa, e ai muitas crises aparecem, então resolveram pedir o home care para receber a medicação em casa, facilitaria para mim...No outro dia a moça já estava lá para avaliar o caso, e no mesmo dia tive alta com home care.
Antes mesmo de sair, fui falar com o Fábio, um moço muito especial que me acompanhou desde o inicio, e ele disse para eu ficar com o telefone dele, pois home care sempre traz problemas e eu poderia precisar de alguem na emergencia... Ele estava advinhando...
Chegamos em casa e ajeitamos tudo, no inicio da noite chegaram as medicações, e as 22:00 uma moça para aplicar o medicamento, e disse que estava atrasada precisava ser tudo muito rápido, mas era para eu receber apenas 00:00, não poderíamos adiantar tanto, ela ficou brava, tentou achar veia e não encontrou, disse que eu estava muito ansiosa para uma picadinha, eu me irritei e comecei a chorar e chamar pelo Fabio, meus pais ligaram para ele e forão busca-lo, enquanto isso estava vindo uma enfermeira do Home Care para tentar ajudar, já era meu aniversário, começamos a procurar veias, colocar compressas quantes, abaixar o braço chaqualhar, paramos cantamos parabéns pra mim,  e nada de veia e as que apareciam estavam secas e duras, e então encontramos no dedinho da mão, ficamos segurando a agulha os 40 minutos de infusão para não escapar. Menos uma...ficou combinado então que o Fábio viria aplicar as medicação e que receberia depois do home care, MARAVILHA, ele dormia em casa, e no outro dia ele almoçava conosco e voltava para o hospital e para a medicação da tarde vinha um outro moço Rodrigo.
No sábado fizemos uma festinha de aniversário,passei a festinha do meu aniversario com  acesso na mão, mas estava super divertido, foi uma festa e tanto, comemorando mais um ano de minha vida e todas a vitórias conquistada até aquele momento. Todos meus amigos, todos nós felizes, paramos a festa para tomar a medicação, e já tinha escapado a veia, uma luta para encontar uma outra, 30 tentativas, parecia uma peneira td fura, pé, perna, joelho,braço, mão, dedos, e novamente fui salva pelo DEDINHO kkk...
No outro dia o Fábio estava super nervoso, e disse que não tentaria pegar veia novamente tinha cansado de me ver sofrendo a cada picadinha, e então disse ter desistido, e nos orientou á voltar ao hospital e passar um cateter, uma enfermeira veio avaliar e também achou melhor, bom estava sem opção, e o jeito era encarar... Minha irmã fez um show, hospital de novo não, não quero ver ela no pronto-socorro ela vai ficar nervosa e vai ter crises...mas eu fui...
Eu minha irmã, minha mãe, meu pai, e o Fábio, entrou apenas eu e meu pai, conversamos com o médico, e fui para a sala de emergência, meu pai disse que acompanharia, e prometeu para minha mãe que ficaria comigo, mas na hora amarelou (rs), perguntou se eu ligaria se fosse sozinha, e disse que não era tranquilo (me tremendo por dentro), deitei na cama, e fiquei olhando para o lado, e a enfermeira segurando minha mão,anestesiaram e deps quando vi a agulha para passar era gigante, fechei os olhos, e segurei firme, furou uma vez e não deu certo, e tentou de novo, e ai sim, super rápido menos de 10 minutos já estava do lado de fora, fiz um RX para ver a localização e vim embora...
Forão mais alguns dias de medicação, e voltamos para a retirada, a Amada (auxiliar da internação) estava com câmera tiramos muitas fotos..
Enfim livres de acordar de madrugada para receber antibiótico e livres de tudo, passamos dias felizes em casa...


























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