quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Segunda internação (# ; #)

Nem bem cheguei em casa e já estava me sentindo estranha, muita dor de garganta imaginei ser daquele vento que peguei ao sair do hospital, imunidade baixa pega mesmo tudo o que tem no ar, meu namorado veio me visitar conversamos e rimos bastante, muito carinho para uma só pessoa uma "mimação" daquelas, resolvi entrar na internet e ver algo sobre a nova medicação Carbamazepina, ao ler levei um baita susto ao ver tantos efeitos colaterais, mas até então estava me dando bem, e já fazia um tempinho que estava com a medicação, passando os dias e a dor de garganta só piorava, a boca encheu de feridas, era febre o tempo todo, uma quarta feira levantei e sentei no sofá como de costume, tinha feito bochecho com nistatina, mas não via melhora, quando minha mãe olhou meu braço, perguntou " Grazi o que é isso?" nem tinha visto várias pintinhas vermelhas, e fomos orientadas pela médica para qualquer coisa voltar, ainda mais alterações na pela ( é perigoso), estávamos sem carro, e meu pai havia saído, então chamamos a Miriam ( amiga a anos da família), levou eu minha mãe ao hospital, e levou minha irmã para a casa dela, chegando no hospital, conversamos com o médico que imediatamente pediu exame de sangue, de urina, e me passou uma injeção de fernegam ( de novo nãaao, dói bastante), bom assim que tomei pedi para deitar na observação as medicações me davam muito sono, e ele deixou, era um médico muito legal clinico geral, bem experiente, assim que chegou meu exame pediu para eu entrar, e viu que a vermelhidão havia tomado conta do meu corpo, os leucócitos estavam lá em cima, pediu para eu ficar na internação, e assim passou meu caso para um outro doutor ( se é que ele merece ser chamado assim) sou muito calma, e tranqüila quanto a tomar injeção e medicação, mas esse médico foi difícil para aturar, logo que pegou meu caso foi perguntar o que estava havendo, eu contando e ele andando de um lado para o outro, e bem grosso falava " você não esta sendo clara, não estou te entendendo", até ai tudo bem, logo em seguida falou que teria que tomar adrenalina sub-cutânea ( uma injeção ), falei que tudo bem, e ele rindo deu risada e falou " mas dói bastante viu",  ele ficou do lado de fora, me vendo por um vidrinho rindo da minha cara enquanto eu gritava de dor, não é possível que ele é humano ( sem noção nenhuma), estava lá o dia todo sem comer, tomando dramim á um tempão e injeções doloridas com um traste de um médico abusando da minha paciência...
Lá na observação tinha vários pacientes, e uma delas uma mulher linda, chamada Kássia, que sofria de asma crônica, conversamos bastante, e no final do plantão esse tal doutor resolveu dar alta pra todo mundo, mas meus pais não aceitaram foi uma gritaria só, ele dizendo que meus pais queriam que me internasse ( como se a gente gostasse) dizia que eu estava melhor, mas eu estava vendo meu corpo ainda pior, mais vermelho e inchado, e ai na troca do plantão disse para a outra médica "essa daqui é a professorinha que não aceita alta" respirei fundo e falei pai não quero mais ficar aqui to com medo dele, ficar lá sozinha com um médico doido, e ele insistindo para eu tomar mais adrenalina, e falei que não ia tomar mais, ai ele disse então seu tratamento acaba por aqui... Minha mãe falou "você se compromete que seu tirar ela daqui ela não vai passar mal e eu ter que voltar”?”, ele disse “ mãe vc pode ter um infarto a qualquer momento, como posso saber da sua filha"... Sem nexo um maluco msm, fiquei lá, a outra médica nem deu atenção pra ele, ela já havia me visto na outra internação e acompanhou meu caso com a Dra. Cilmária, ele alegava que dava adrenalina pra me manter acordada, pq precisava estar lúcida para quando o neurologista chegar... é demais msm pra minha cabeça, fala sério, cheguei lá as 10:00 da manhã era 16:00 e nada ainda de neuro? fala sério... assim que o neuro passou falou que trocaria minha medicação por gardenal, e derrepente chegou a Kássia de volta, toda torta tadinha, sem conseguir respirar, na cadeira de rodas... Esse médico quase matou a mulher, e a mim se eu tivesse ido para casa, assim que ele foi embora a outra médica fez minha internação, me despedi da Kássia e subi...
Meu único problema era não conseguir comer, eu tentava mas não conseguia, era muita dor, feridas enormes na boca, foram 4 dias sem comer nada, o bom é que o pessoal do hospital já até me conheciam, tive algumas crises durante a internação mas tudo controladinho com Diazepam, pessoas maravilhosas muito carinho sempre, a Vanessa era enfermeira da noite e todos os dias fazia visitas, e deixava o meu por ultimo, chegava lá 00:00, e ai os papos rolavam as até as 3 ou 4 da manhã, só festa... Um belo dia acordei, e minha mãe disse " filha você tá com o rosto um pouquinho esticado, e inchado, mas nada demais", já me alertando para o susto não ser tão grande, quando levantei para tomar banho e me vi no espelho, comecei a chorar, e ai chorava mais ainda pq quando a lágrima caia ardia ( nem chorar eu podia), imediatamente liguei pro meu namorado e falei pra ele não aparecer de jeito algum, estava muito feliz, a tempos não rolava nem um beijinho, e agora me ver assim... Desliguei inconformada, e com medo daquilo nunca mais voltar ao normal, estava esticado e repuxava tudo, se chama ( síndrome stivens-jhosnson) uma alergia típica dessas medicações, e grave também, meu namorado retornou a ligação e perguntou pra minha mãe que informou o aconteçido, e ele me respeitou, mas a turma do hospital não aceitou ficaram no meu pé até eu ligar pra ele, acabei ligando e falando pra ele ir, e foi, chegou com filmes, com o notebook, presentinhos, e revistas... Chegou na hora do almoço, e ai desceu pegar a comida dele, e meus pais foram buscar mais roupa e mais coisas para ficar no hospital ,e descansar um pouco tbm, passamos uma tarde maravilhosa, ele almoçou, e eu fiquei deitadinha, depois na hora do café da tarde ele arrumou o pão e o chá, cortava passava manteiga sem mal, e me dava, e foi a primeira coisa que entrou no meu estomago depois daqueles 4 dias, e minha fome era tanta que aquilo estava delicioso, comia bem devagar, mas comi tudo, e chorava de emoção por ter voltado a comer e de felicidade, ( muito boa essa sensação), liguei pra minha mãe e contei toda feliz, uma tarde perfeita, no outro dia ele estava lá de novo, e dessa vez almoçamos fora (como disse a auxiliar), cortei as unhas dele, e ai fomos assistir filmes ( dormir né)... Meu namorado é muito bonzinho, mas bagunçava todo o quarto e quando chegava à mulher com a bandeja era uma confusão pra arrumar tudo, mas tudo bem ( rs)... Enquanto minha mãe bordava um monte de toalhinhas para as auxiliares de lembrançinhas.. Essa internação foi tranqüila apesar de algumas crises, da dor, conforme o tempo foi passando foi melhorando, e tudo descascava do couro-cabeludo, a sola do pé... Depois de duas semanas tive alta, ganhei um livro de presente e cartinhas de outros pacientes, á  Kássia tbm internou comigo, no msm andar, as vezes a gente ia visitar ou ela visitava a gente, conheci seu ex-marido e seus filhinhos lindos, ela fez muita amizade com minha mãe, e batiam muito papo, as vezes a auxiliar ficava me procurando pra dar a medicação e me encontrava no quarto da Kássia (rs)... Tive alta depois da Kássia, e assim que sai pedi pra minha mãe me levar no MC Donald, já era nosso trato, fui ao shopping com o rosto tapado de vergonha, todo feio deformado... Comi Comi Comi, depois daquele regime forçado nada mais justo que um lanchinho para balancear...
E essa foi mais uma luta, que havia passado até alí, estava feliz por tudo ter corrido bem...

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Uma das madrugadas mais divertidas ao lado da minha enfermeira preferida Vanessa
da Fernanda minha amiga que saia do seu plantão pra me divertir ,e minha irmã
lindaaaaa *__* AMO VOCÊS

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