segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Primeira Internação (# ´o´ #)

Fui passando mal no carro, toda mole, quando cheguei me colocaram na observação, e lá passei das 10:00 da manhã até as 19:00, inúmeros médicos passavam, e muitos exames, pra fazer o de urina foi um sufoco, a tomografia então entrei na maquina passava mal e saia, entrei de novo passei mal de novo, pra me passar do aparelho pra maca era terrível, passava muito mal,tudo rodava ainda mais forte, fui internada subi para o quarto e lá permaneci durante inacabáveis 9 dias, e ai eu entendi o que era aquele soro pendurado no braço para dormir, e uma sensação ruim de estar entregue ( para uma quase enfermeira é difícil acreditar que os profissionais que estão ali estão te atendendo corretamente, e dando as medicações no horário certo, tudo gera desconfiança, e também acabamos enxergando os mínimos defeitos, mas quando ñ estamos doentes de verdade nada disso importa) , no segundo dia de internação acordei cedo e pedi pra tomar banho minha mãe tentou explicar que eu não conseguiria, estava fraca e sem coordenação, mas insisti e assim os auxiliares Fábio e Vero foram tentar resolver esse problema, passaram um bom tempo tentando me convencer, mas á dois dias eu vomitava e não tomava banho, pegaram a cadeira de rodas, tiraram minha roupa e eu mantive os olhos fechados, até chegar lá no banheiro passei muito mal, pedi para ficar só a Vero e Minha mãe, meu cabelo estava duro (rs), estava mole na cadeira e minha cabeça não segurava, só falava mãe lava bem meu cabelo, bem lavado mas ela disse que não tinha como o banho tinha que ser rápido, bom lavaram de qualquer jeito, segurava a toalha toda tímida para o Fábio não ver, ai  ajudou a me colocar na cama, e quando me colocou não sabia que eu estava sem coordenação e ai cai feito um monte de bosta na cama (rs), ai me ajeitaram, me senti muito melhor, ninguém merece ficar suja...

Meu pai na hora do almoço insistiu para eu comer, e falava "Gra “come o purê", e ai percebemos a falta da minha coordenação, segurava o garfo torto, e por mais que meu cérebro mandasse minha mão pegar o purê esse comando não era correspondido, furava a perna, seria cômico se não fosse trágico...
No Hospital Santa Marcelina quem passam as visitas são Residentes, e quem estava no comando era a Dra. Cilmária, aquela que me atendeu no PS. super cuidadosa e atenciosa, na parte da tarde faziam reunião com os outros neurologistas levando os casos, e na parte da tarde voltavam com as respostas...
No meu quinto dia de internação sem melhora alguma no quadro indicaram a UTI, minha mãe entrou em prantos, de longe escutava aqueles gritos estridentes, e pediu para a médica dar mais um dia apenas para ver se eu reagia, e assim foi feito, estava todos aqueles dias sem me alimentar, ganhei uma bacia que era parte de mim já para vomitar,  minha cabeça doía e eu gritava, minha mãe pressionava minha testa e ai passava, muitas visitas ( era bom para meus pais, confortavam eles, mas para mim era terrível, ou melhor era impossível dar atenção), no outro dia meu pai chegou com Ameixas, havia amanhecido um pouco melhor, respondia com os olhos fechados e a cama parada, minha mãe foi picando a ameixa e dando na minha boca, já imaginava os vômitos depois, afinal tentei com o chocolate, com a comida e nada dava certo pode parecer até estranho mas foi isso que me salvou, tinha medo de comer outras coisas e ai era almoço com ameixa, janta com ameixa, café da noite com ameixa, meu pai me salvou mais uma vez, parou no estomago e parei de passar mal, e assim foram passando os dias, ai era melhor ficar naquele lugar que até então era assustador conseguia assistir a TV, conseguia brincar com as auxiliares, escolher qual braço pegar a veia... e assim vai...
Tive alta sai e nem olhei para traz, voltei tomando Carbamazepina, e me lembro bem um frio, de tacar com os travesseiros nos braços... Pensei não posso ficar gripada. Voltamos felizes e radiantes...
Sorte que era época de férias, mas ainda tinha o TCC para completar e as férias o período certo para isso;D
Eu tenho milhões e milhões de motivos para agradecer a meu pai, mas em especial por me dar a vida tantas vezes, e a minha mãe por ela ter suportado mais uma trajetória ao meu lado, sem me abandonar, atendendo minhas lágrimas e meus gritos de dor... Tem hora que não dá mesmo para agüentar, e ser forte requer de você muito mais do que você pode dar e ai aparecem as lágrimas, eu quero agradecer minha irmã e meu namorado tbm, esses dois me faziam sorrir, e meu namorado escutava minhas reclamações tbm ( tadinho)... Ser namorado, irmã, e pais de uma Graziela não é fácil. rsrs Muito jogo de cintura...
Apertem os cintos, por que aqui é pura emoção...
LINDA OBRIGADA <3


DIAS DE LUTA ,DIAS DE GLÓRIA

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AMOOR <3

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