segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Final da faculdade repleto de aconteçimentos e emoções /o/

Bom logo após o carnaval, as aulas começaram de verdade, e o ultimo ano de faculdade me prometia milhões de emoções e trabalhos como o TCC, o primeiro semestre foi uma verdadeira correria, meu trabalho se tratava de "O conhecimento dos enfermeiros no atendimento intra-hospitalar ao politraumatizado, um tema complexo e muito abrangente, no começo de 2010 o trabalho estava basicamente na metade, iniciamos nossa pesquisa em campo onde fizemos um questionário, e assim passamos dias e noites dentro do Pronto-Socorro do santa marcelina eu e a Barbara Pedrone, foram dias divertidos apesar de cansativos, correr no ps o dia todo atrás de enfermeiros não é fácil gente, fomos bem recebidas, lá assistimos nossa primeira Parada, e alguns procedimentos, era no hospital Santa Marcelina de Itaquera, lá fizemos "amizades"  até mesmo com os chefes, super legais, um deles vai fazer parte da história mais pra frente... Bom e assim iniciava também as matérias e agora era o Estágio de gerenciamento encarar um plantão sem professor não é nada fácil para a primeira vez, e eu já cheguei pedindo para ficar no pronto socorro do Hospital Santa Marcelina do Itaim, gente aquilo sim é um "inferno", uma correria o tempo todo, se eu ficasse fora da emergência 10 min., quando voltava já estava cheio de gente desconhecida, o resgate chega a toda hora, um caos, passava o dia ali correndo, era uma sala de Emergência Adulto com uma média 20 pacientes, Emergência Infantil com mais 6 ou 7 pacientes, observação adulto com 16 pacientes, observação infantil com mais 15, e a psiquiatria com mais 10, eu me sentia entrando na casa dos horrores, e cada vez que abria aquelas portas era um aperto no coração sem ao menos imaginar o que iria ver, lá sim eu fiz de tudo e mais um pouco, apesar da correria deu bem pra pegar o clima, e para relaxar entrava na psiquiatria, super engraçado e divertido as vezes, apesar de ter noção do problema deles era bom sair daquele clima mega pesado, e sorrir um pouco com as cantorias as 6:30 da manhã, as conversas sem nexo, já ai entrava em um mundo totalmente diferente de pura fantasia, e ai de mim se fosse do contra ( kkk), era divertido, mas o bixo tava pegando do lado de fora daquela porta... Meu primeiro choque foi na reanimação de uma criança sem sucesso, e de um moço que no mesmo dia tentou se jogar da janela, nesse dia eu entrei no banheiro daquele hospital e não agüentei desabei em lágrimas, como é difícil pra eu ver os outros chorando e gritando de dor, ver alguém morrer nas suas mãos e você ser impotente, ai sim você para pra pensar será que a culpa foi minha? Será que eu sirvo pra isso?... Mas bola pra frente essa não será nem a primeira nem a ultima, entrego nas mãos de Deus para que ele me ajude a caminhar...
Em março, estava na faculdade em dia de aula teorica, sai para ir ao banheiro e então minhas amigas Talita e Juliana me encontraram desmaiada no banheiro, cheguei em casa e contamos para meus pais, que me levaram até o pronto-socorro do convênio do santa, e é exatamente ai que a nova trajetória de lutas começa...
Chegando no hospital biparam o neurologista, demorou em média 2 horas para chegar até a observação, eu já não sentia mais nada quando o Dr.José Furtado Junior chegou para a avaliação, meu primeiro contato com ele, mas foi super simpático, não realizou exame algum, fez algumas avaliações neurológicas como caminhar, reflexo pupilar, e como estava tudo em ordem me mandou para casa alegando ser algum esforço, ou alimentação ruim, nervosa, ultimo ano de faculdade normal, voltei para casa e continuei na rotina, mas minhas amigas ficavam atentas, e de novo acabei desmaiando, e minhas amigas me socorreram, cheguei em casa e informei minha mãe, que voltou comigo ao mesmo hospital, chegando lá fui para a observação e biparam de novo o neuro, dessa vez foi a Dra. Cilmária novinha , que realizou o mesmo procedimento, e nada de investigação á fundo, alimentação e nervoso, voltei para casa e na mesma semana tive o mesmo desmaio na igreja, e voltava tremendo tonta, dessa vez fomos ao médico a noite mesmo, passamos com uma doutora que se não me engano se chama Ana, mais velha, ou seja mais experiente, mas não era neuro, contamos os acontecidos, e ela perguntou se havia ficado muito tempo na água e respondi que sim 4 dias direto (lembram da praia? ), balançou minha cabeça e falou é labirintite, passou o Laberin pra eu tomar e fui para casa... Tudo normal dias tranqüilos, o remédio parecia mesmo fazer efeito.
No começo de julho, estava em uma festinha da família do meu namorado, passei um nervosinho lá e como estava um pouco indisposta resolvi ir para casa do meu namorado, cheguei lá e deitei, peguei no sono, quando voltei não entendi nada, meu namorado apavorado do meu lado, minhas vistas embaralhadas e ai derrepente apaguei e voltei meu braço se mexendo sozinho, não entendi me levou para casa e pedi para que ele não contasse para minha mãe chamamos meu pai na garagem e contamos o acontecido, ele disse que não poderia esconder da minha mãe, e acabou contando á ela, imediatamente falaram é convulsão ela já teve quando criança (foi um auê), no outro dia logo cedo me levaram ao Hospital São Luiz, imaginamos que por ser particular o atendimento seria melhor ( engano),contamos o acontecido as 7 convulsões para uma médica que não me lembro o nome, ligou para um Neurologista que pediu para que ela prescrevesse o Hidantal de 500mg de 6 em 6 hrs, sai da sala, e ai falei "mãe será que essa medicação tem algum efeito colateral? será que posso fazer de tudo?"... Na dúvida voltamos, e perguntei á médica, ela disse que não, era um medicamento fraco apenas para controlar minhas crises, poderia fazer tudo normal no máximo sentiria um soninho, tranqüilo! Compramos a medicação e iniciei naquele dia mesmo, na terça- feira buscamos um neurologista em um consultório, ele me fez inúmeros pedidos de exames, e perguntou como me sentia com um ar de risada, meio sem entender respondi que bem apesar da tontura, e ai me perguntô "sente sono?" rindo de novo, respondi que "sim", e ai ele olhou para minha mãe rindo, minha mãe falou "Doutor por que risadas? não entendo",ele disse  " Mãe a dosagem iniciou muito alta, mas até sábado esses efeitos vão passar", para mim tudo bem, dava para agüentar, no outro dia fui resolver as coisas para iniciar meu estágio no hospital São Cristóvão, meu pai havia arrumado para mim, estava super feliz ia receber um dinheirinho e seria uma ótima experiência, o sono me perseguia sai de casa já com sono, e passando mal, parecia que carregava um saco de areia bem passado nas costas, tremia demais, e imaginei ( isso porque  aquela médica disse que não teria efeito algum), mas não podeia reclamar estava dando tudo certo até ali, de lá fomos comprar umas toalhas para meu enxoval, fui arrastada, minha mãe andava e falava "Vamos Gra"... Ficava pra traz sem forças, via tudo andando, e junto náuseas, voltei para casa toda molenga, e no outro sábado teria que voltar novamente no hospital do estágio, mas pensei ai vou de carro, e então combinei com meu namorado, ele me levou lembro que sai do carro meio tonta, vi as linhas do chão andando e pulando, e eu não conseguia me manter equilibrada, fui e fiz os exames admissionais, me perguntaram se fazia uso de medicação continua eu disse que não (rs), nada poderia dar errado, na volta para casa tive uma crise no meio da Radial, meu namorado parou me socorreu e continuamos.
Todo ano fazemos festa Julhina  em casa, e nesse sábado seria uma delas, na minha família ninguém sabia ainda do que estava acontecendo mantemos sigilo para ninguém se preocupar, meus tios perguntavam o que estava havendo, pq eu tava quieta, sai e chorei contando pro meu namorado que não estava bem, minha mãe falou para eu ficar mais um pouco estavam todos lá, bom aceitei meio capengando, e fiquei quietinha, via tudo embaralhado, e andando, quando meu namorado falou grazi olha pra mim, meu olho estava pulando sozinho, mas não nos preocupamos, o prazo pra eu ficar bem havia acabado e no outro dia levantaria 100%, e foi exatamente o contrario... No outro dia assim que me levantei fui pegar algo no guarda-roupa e cai de cabeça, fui ao banheiro me segurando nas paredes do corredor, tudo rodando, e uma náusea, de fato havia levantado muito pior, peguei um copo de água e no primeiro gole meu estomago deu um nó, ai sentei-me à mesa e falei nossa hoje to pior que ontem, ai meu pai falou " peraí, vou fazer um suco de laranja, com própolis", já não estava bem ainda me inventa essa, "á pai sem própolis, não vou conseguir tomar isso", me deu o suco e sentei no sofá sem coordenação deixei cair e ele gritou" Gra não derruba ai hem", haha, já tinha ido metade do suco no sofá, comecei a tomar, e derrepente vomitar e desmaiar, minha mãe apavorada me trocou e me levou ao PS do Hospital santa Marcelina...

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