sábado, 6 de agosto de 2011

Mesmo a historia sendo real, quando tranformamos em um conto iniciamos com:
Era uma vez...
Uma uma linda moça casada com um belo rapaz ( mãe e pai), casados a 2 anos tiveram um lindo bebê chamado Emerson Melandes Estrela, nasceu aparentemente saudável, de parto natural, dias após seu nasciemento foi descoberto um problema em seu coração diagnosticado como Sopro, após meses de luta, entre idas e vindas de hospitais, o pequeno bebê de cabelos loiros, parte deixando imensas saudades no casal que sonhava em ter filhos.
Depois de mais 2 anos engravidaram novamente, dessa vez uma menina, cujo o nome era Graziela Melandes Estrela, loira dos olhos verdes, encantou toda sua familia...
De fato eu vim realmente pra trazer de volta aquela alegria perdida a anos atraz, para meus pais era o recomeço com apenas uma diferença, ao invez de pintinho era uma piriquitinha..rsrs. Mas é claro que o pequeno principe Emerson jamais seria esquecido ou substituido, nasci pesando 2.500 de parto cesárea, demorei um ano e meio para começar a andar, mas para falar não demorei muito ( tagarela), era uma criança ativa, sorridente, e muito timida, vivia atraz da minha mãe o tempo todo.
Com 4 anos de pura felicidade, mal sabíamos que ai iniciaria uma das tragetórias mais dificeis que a familia passaria, mais uma vez a doença atinge agora em mim, ( é dificil escrever de nós mesmos), bom iniou com uma febre e uma dor de cabeça, fui levada ao hospital inumeras vezes, e o diagnóstico era apenas inflamação de garganta, iniciado antibióticos, e voltado para casa meus pais me arrumaram e fomos até o aniversário de uma das minhas primas, chegando lá em clima de festa, e eu como toda criança doente amuadinha em um canto, derrepente começo a enrrolar a lingua, virar os olhos, ficar roxinha, fui levada imediatamente ao primeiro pronto-socorro, e quando perceberam a gravidade me transferiram para outro hospital, Hospital Infantil Sabará em São Paulo, após colher o liquor foi diagnosticado meningoencefalite, passei uns dias na uti em isolamento, fui para o quarto e lá permaneci durante 15 dias,15 dias de luta me lembro de poucas coisas, um banho, e uma bolacha que meu avô me levava, mas meus pais lembram dos detalhes, como uma convulsão enquanto comia, colocaram minha mãe para fora para me socorrer, e deu tudo certo, minha mãe estava grávida da pequena Flávia, meus pais haviam combinado de quando eu estivesse mais "independente", ou seja tomando banho e comendo sozinha de ter outro filho, e assim foi feito, mas nos 15 ultimos dias da gravidez minha mãe ficou no hospital, e antes mesmo de eu ter alta, foi para ganhar inha irmã, tivemos alta todas juntas, e ao invez de uma criança de 4 anos e um bebê, voltaram com dois bebês para casa, eu sem ao menos fechar a boca, andar, ( fico imaginando as dificuldades que minha mãe passou), fiz um tempo de fisioterapia, voltei a fazer as coisas, como uma criança normal, agora  tomando anticonvulsivos, a pequena Flávia desesvolveu normalmente, uma criança adorável, ao contrário de mim marrentinha e morena dos olhos castanhos escuros. Eu fiz questão de escolher o nome Flávia, por que uma paquita da Xuxa tinha esse nome, e não sei por que gostei, é legal imaginar que ela vai levar esse nome para sempre, e que foi eu que escolhi.

Brinquei muito adorava uma boneca, e todos da familia já sabiam meu presente favorito, bonecas de todos os tipos, que chorava, falava, ria, comia, fazia xixi, tomava injeção, mas a que eu mais gostava era a Mônica que axo que foi um pouco de chantagem que pedi na internação, meu pai correu pra comprar, passou o dia todo atraz rsrs Minha irmã conforme foi crescendo foi me acompanhando nas brincadeiras, e ficou melhor que eu em questão de casinhas, e eu chorava pra trocar de casinha com ela, e não é que dava certo. ( mimadaaa como diz minha psicóloga) kkk
Eu e minha irmã sempre fomos muito apegadas, sempre dormimos de mão dadas, e quando meus pais se desligavam da gente juntávamos as camas para dormir ainda mais perto, pra mim minha irmã sempre ia me defender de tudo mesmo sendo mais nova e ela tbm imaginava isso de mim, engraçado que formamos herois na nossa cabeça como meu PAI, sempre imaginei que ele nunca deixaria nada de mal acontecer e que me salvaria sempre de tudo, e não estava mesmo enganada, por mais que chorasse ou que passasse por dores ele estava sempre ali me protegendo e do meu lado, não deixando nada de mal acontecer, me salvou por muitas vezes, não pode ser chamado de outra coisa se não meu Super-Homem ( super-pai, super marido, super-lindo, super-carinhoso, super- herói), e minha mãe aquela que me dava infinitos carinhos, que me amava além de tudo, aquela que eu poderia confiar tudo, os meus piores segredos, mãe é amor, carinho, paz, com a minha mãe aprendi as melhores emoções do mundo.

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